GALERIA DOS NOTÁVEIS

JOSÉ JOAQUIM ALVES PENEDONES - O "TI CASADO" 

HERÓI DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL 1914-1918.

Naquela época, as disputas territoriais entre as grandes potências e a má distribuição dos benefícios do progresso entre a população, criaram um clima de instabilidade constante. O risco de um confronto iminente pairava então no ar, até que em 1914, as previsões se confirmaram, com o início de uma "guerra que ia acabar com todas as guerras", transformando-a apenas numa única – a 1.ª Guerra  Mundial, que iria durar até 1918. A expressão Grande Guerra, cunhada para o conflito que pela primeira vez na história envolveu todo o planeta, justificava-se pelas proporções que o confronto alcançou, pelo aparato bélico que foi mobilizado e pela devastação que provocou. As novas armas, fruto do desenvolvimento industrial, e os métodos inéditos empregados nos combates deram aos países capitalistas o poder quase absoluto de matar e destruir.

Portugal participou ao lado dos Aliados, tendo alguns efectivos integrado o exército inglês. A marcha da vitória ocorreu já em Paris em 1919, trazendo alguma glória e honra para os soldados lusitanos.

Um desses gloriosos Homens, era natural de Gralhas e chamava-se José Joaquim Alves Penedones, conhecido na aldeia pelo “Ti Casado”, que mais tarde ali viria a casar com a senhora dona Ana Morgada. Embarcou para a guerra em 14 de Março de 1917, regressou em 28 de Fevereiro de 1919, e desembarcou em Lisboa em 31 de Março de 1919, como consta da sua ficha militar do Corpo Expedicionário Português, que aqui se reproduz.

PADRE ANTÓNIO LOPES AMADOR

Natural da aldeia de Gralhas, onde nasceu a 3 de Junho de 1928, o padre Amador foi ordenado em 19 de Dezembro de 1953, tendo antes de ser capelão militar desempenhado as funções de Prefeito e Professor no Seminário de Vila Real.Terminada a sua comissão militar, regressou  à diocese onde a par de Assistente  diocesano de todos os organismos da Acção Católica Rural, foi pároco de Vilarelho da Raia (Chaves). Por fim, a pedido do seu Bispo, fixou-se no Barroso, onde foi arcipreste e pároco de Montalegre. A falta de saúde obrigou-o a deixar o cargo, passando então a paroquiar Gralhas, Donões e Mourilhe. Era um verdadeiro amigo e apóstolo. Por alguma razão nas exéquias fúnebres celebradas em Gralhas, o bispo da diocese de então, D.Joaquim Gonçalves, recordou: "Gostava que da vida deste padre ficasse o exemplo desta dupla vertente: a dedicação aos movimentos da vocação dos leigos no mundo e o trabalho da pregação". Bom padre e pregador de renome, que Deus o acolha.  Faleceu no dia 2 de Outubro de 2006 e a ele se devem as obras de beneficiação da Igreja da freguesia.

PADRE JOÃO ALVARES FERNANDES DE MOURA

Nasceu em Gralhas no dia 9 de Julho de 1848 e concluíu aí a instrução primária em 1861. Em 1862, cursou português e latim, francês e latinidade em 1863, filosofia em 1864, oratória em 1865, geometria e geografia em 1867.Estudou teologia no Seminário Conciliar de Braga de 1868 a 1870. Em 1871 recebeu a ordenação sacerdotal. Começou a sua vida paroquial em Gralhas no ano de 1876. De 1878 a 1920 foi Procurador e Secretário do Seminário de Braga. Neste último ano regressou à sua casa de Gralhas, onde faleceu em 22 de Setembro de 1920. Senhor de uma razoável fortuna, notabilizou-se pela DOAÇÃO DE TODOS OS SEUS BENS À DIOCESE DE BRAGA, PARA A FUNDAÇÃO DE UM SEMINÁRIO MENOR EM GRALHAS. Efectivamente, a sua casa de Gralhas (actual Casa do Seminário), transformou-se em Seminário, que abriu em 6 de Janeiro de 1922. Funcionou durante 4 anos, com os 1.º e 2.º ano de Seminário Menor, e fechou em Julho de 1925, tendo contribuído para o despertar de numerosas vocações sacerdotais em toda a região de barroso.

PADRE ANTÓNIO GONÇALVES CALADO


Sacerdote natural desta aldeia de Gralhas e residente durante muitos anos no Rio de Janeiro - Brasil. Senhor de grande fortuna, aplicou os seus dinheiros na Fundação do vínculo de Nossa Senhora de Belém, com sede na Capela de Santa Rufina em Gralhas. Entre as obrigações inerentes a esta Fundação, contam-se a celebração de "uma missa diária" a "criação de uma escola primária" e a "manutenção do seu funcionamento". Viveu no século XVIII.